Receita Federal e PF desmontam quadrilha que atuava no desvio de toneladas de mercadorias no Porto de Santos

Receita Federal e PF desmontam quadrilha que atuava no desvio de toneladas de mercadorias no Porto de Santos

 

Brasília, 15 de março de 2012

Operação Navio Fantasma

A Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram hoje (15/3) a Operação Navio Fantasma, com o objetivo de combater organização criminosa suspeita de desviar mercadorias importadas que teriam como destino o Porto de Santos.

Participam da operação 60 servidores da Receita Federal e cerca de 200 policiais federais.

A operação partiu de uma denúncia feita pela Alfândega do Porto de Santos. As investigações começaram em janeiro de 2011, quando a Receita Federal detectou indícios de desvio de cargas importadas que chegavam ao País pelos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.

Entenda como funcionava

A maior parte das mercadorias vinha dos Estados Unidos e da China.

As cargas eram declaradas como partes e peças para navios atracados no Porto de Santos, porém eram compostas por mercadorias de alto valor agregado: tablets, celulares, relógios e armações de óculos de marcas famosas, entre outras. Havia também mercadorias de importação controlada, como equipamentos médicos, réplicas de armas e até cartuchos de bala.

No transporte entre os aeroportos e o Porto de Santos, as cargas eram desviadas, descarregadas na cidade de São Paulo e distribuídas para os clientes do esquema fraudulento. Foi apurado o desvio de cerca de 220 toneladas de carga com valor estimado em mais de US$ 50 milhões.

A Operação

Há indícios da prática de diversos crimes, tais como: formação de quadrilha, contrabando ou descaminho, facilitação de contrabando ou descaminho, corrupção ativa, corrupção passiva, inserção de dados falsos em sistemas de informação e falsidade ideológica.

Foram cumpridos 20 mandados de prisão, sendo cinco de servidores da Receita Federal. Também foram realizadas oito conduções coercitivas e cumpridos 42 mandados de busca e apreensão em residências dos investigados e empresas ligadas à organização criminosa em três estados: São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro.

A Justiça Federal decretou o sequestro de bens e o bloqueio de recursos financeiros dos suspeitos, além da apreensão judicial de cargas já retidas pela Receita Federal no decorrer da investigação.

Fonte: Receita Federal